10 de jan. de 2013

Cenários do bairro

Quando eu resolvi parar e pensar sobre os cenários da história, eu queria que tudo ficasse o mais perto possível da realidade das pessoas que circulam diariamente pelo bairro. Todas as ruas recebem seus respectivos nomes e não há uma sequer inventada para localizar qualquer momento da história.

Vitor e sua família moram na minha rua. Ou melhor dizendo, no mesmo terreno em que fica a minha casa. De semelhante, compartilhamos o mesmo número de residência  - 335 - e alguns cômodos da casa. Os outros personagens moram em casas que eu não sei como são seu interior, mas que estão lá representadas por um número em sua fachada. Essas casas foram escolhidas aleatoriamente enquanto eu voltava da escola durante meus anos médios ou quando ia à casa de algum colega fazer trabalho escolar, pois não ficava vigiando a casa de ninguém a fim de descobrir quem poderia receber meus personagens. Isso não seria nada legal, não é?


















A praça principal em que alguns momentos importantes da história acontecem realmente se chama "Praça dos Ipês" e eu demorei muito a saber disso. Ela fica localizada no meio do bairro e quando descrevo o lugar procuro ser o mais fiel possível ao que ela é hoje - como estrutura física - e ao que acontecia na minha época de estudante. É a praça na frente do ginásio poliesportivo do bairro.






















Há na história fictícia dois grandes supermercados, criados não por causa da existência dos dois grandes supermercados reais do bairro. Mas eu resolvi localizá-los onde estes supermercados estão, fazendo alguns alterações naturais em suas estruturas, criando histórias e nomes únicos para eles. Outros comércios menores, como lojas de roupas e papelarias são ambientados próximos a esses supermercados criando uma espécie de clima comercial ao redor deles. É claro que alguns estabelecimentos foram inseridos em locais que não refletem a realidade; onde há uma sorveteria no bairro fictício não quer dizer que ela está realmente localizada na que existe no bairro real.


















As escolas públicas foram mantidas em seus devidos lugares. Elas recebem o mesmo nome que as reais têm, embora eu prefira omitir conscientemente o nome da escola média, como se houvesse uma neblina sobre o nome dela ou uma gosma grudada sobre o nome na placa em que ele está escrito. Mas confesso que não tenho problema algum em revelar que o nome da escola de ensino fundamental é Juraci Machado, pois foi lá a época em que eu mais gostei de estudar. E, claro, Vitor também.

26 de abr. de 2012

O bairro Barcelona

Olá. Este blog é para a apresentação do meu livro, ainda não publicado. Mas antes de começar a falar sobre o livro, gostaria de apresentar um pouco sobre o cenário da história. A história de Barcelona bairro - Livro um se passa no bairro de mesmo nome. Localizado na cidade de Serra, região metropolitana de Vitória, Barcelona foi fundado em 15 de setembro de 1984 e conta com aproximadamente 12.800 moradores.

O bairro é dividido em setores. Suas ruas recebem nomes de várias cidades do país e suas avenidas principais, os nomes das regiões. Assim, temos a Avenida Região Sudeste, Avenida Região Nordeste como também a Avenida Ribeirão Preto, Rua Guarujá, Rua Ilhéus, Rua Tubarão etc. Cada conjunto de ruas e avenidas representa um estado. São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul ou Rio de Janeiro, por exemplo.


Barcelona há muito tempo é considerado um ótimo bairro para se morar. Há pouco mais de 10 anos, aconteciam festivais no bairro. O mais conhecido de todos era o Calçada Livre, um projeto que dava oportunidades às bandas de garagem de mostrar suas músicas. Havia, também, uma ou outra casa que abria suas portas para shows de bandas mais conhecidas. Com o tempo, o bairro foi perdendo esses entretenimentos. Mas dizem que, atualmente, um dos atrativos do bairro é a Lagoa Jacuném. Qualquer um que já foi uma única vez às margens da lagoa, sabe muito bem que não há nada de atrativo por lá.


O bairro conta com duas pracinhas. A principal, localizada próximo à rotatória central do bairro, é a Praça dos Ipês e era onde acontecia o projeto Calçada Livre. A outra praça, fica localizada na frente da escola estadual Sizenando Pechincha Filho. Na minha época de escola, isso há 10 anos, essa praça não existia. O chão por lá era de terra e quando chovia virava tudo um lamaçal. Bancos quebrados, um trailer "abandonado" e uma igreja em construção faziam parte diariamente da vida dos alunos que iam para aquela escola. Lembro de mim e  mais alguns colegas se sentando sobre nas mesas à frente desse trailer antes e após as aulas.

A escola, por sua vez, está diferente do que era à época. Não havia uma quadra de esportes, para se escrever nos quadros ainda era preciso sujar a mão com giz. Não havia biblioteca ou mesmo sala de informática. Quer dizer, lembro que no meu primeiro ano ainda havia um lugar cheio de livros lá, todo desorganizado. Pelo menos, durante os recreios, a gente podia ouvir as músicas que a gente quisesse na rádio da escola, mas desde que não fosse nada muito pesado. Muitos dos alunos sentiam que mais valia a pena ir para a escola pelos colegas do que pelo lugar propriamente dito. Mas como em todo lugar, havia coisas desagradáveis por lá - como os alunos que, ao chegar o recreio, iam para trás da escola fumar e fediam tudo.

O bairro mudou bastante nos últimos anos. As pessoas podem ter mudado, as escolas, praças e comércios também. Mas a memória continua e a imaginação para criar é constante. Juntando memórias e uma boa dose de imaginação, eis que surgiu o livro um da trilogia Barcelona Bairro. A história de um adolescente que mora em algum lugar entre esses 12 mil habitantes, que estuda em uma das escolas estaduais e que vez ou outra aparece na pracinha quando acontece algum show. E que, por mais que esteja cercado de pessoas, se sente completamente só.

Em breve, postarei no blog o perfil dos personagens e um pouco mais de informações sobre a história. Até lá, nos vemos por aí!